PRESSUPOSTOS DO PROJECTO


A noção de que a promoção da Freguesia implica trabalhar de forma interactiva e integrada, as várias dimensões do desenvolvimento – Educação, Saúde, Ambiente, Requalificação Social, etc

A noção de que se impõe implicar, também de forma interactiva, os vários actores da comunidade – crianças, jovens, mulheres, adultos e idosos.

A noção de que o desenvolvimento também deve nascer, das próprias comunidades a quem cabe na verdade a gestão do seu presente e do seu futuro.

A noção de que se impõe um trabalho alargado de parceria apoiado, no forte e amplo leque de associações que proliferam na Freguesia.


… um projecto sempre em construção
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sexta-feira, 14 de novembro de 2008

FORUM DO MOVIMENTO ASSOCIATIVO

Texto de apoio

O Papel das Associações na sua relação com as Famílias

Importa pensar o associativismo enquanto forma organizada da democracia participada. Vivemos em democracia, é certo, mas enquanto cidadãos a nossa participação nas tomadas de decisão a nível político, em relação ao nosso país ou a nossa localidade, remete-nos para o direito de escolhermos quem nos representa.
O movimento associativo expressado nas suas associações fortalece os direitos dos cidadãos. As associações são por excelência espaços de defesa e promoção de direitos. São espaços de democracia participativa e a sua capacidade de funcionamento permite criar serviços de proximidade entre associações, famílias, pessoas…
É sabido que existe um razoável conjunto de empresas que até consegue oferecer esses serviços com qualidade. Mas também é sabido que o objectivo das empresas é o lucro e grande parte das famílias vêem-se confrontadas com a impossibilidade de se socorrerem das mesmas.
É preciso que hajam creches, jardins-de-infância, escolas/ATL onde as crianças estejam em segurança, com a finalidade de aprenderem, de socializarem e de se sentirem seguras e felizes enquanto os seus pais se encontram a trabalhar.
A maioria destas respostas vêm do ministério da educação que embora não sendo completamente gratuitas são aquelas que ainda estão ao alcance da população em geral. Mas é sabido que estas respostas não cobrem a totalidade da população, deixando mesmo muito a desejar, tanto na abrangência populacional, como na conciliação de horários entre a família que trabalha e o institucional.
A socialização das brincadeiras de rua existe cada vez menos. Nos dias que correm cada vez menos as crianças tem espaços e segurança para brincarem e conviverem na rua, recorrendo os pais – aquele que podem – a actividades como sejam a educação física, a natação, as artes marciais, o inglês, francês, a musica… não só para que os seus filhos ocupem o tempo, mas principalmente como forma de promoção do seu desenvolvimento tanto físico como intelectual.
Perante a população idosa a situação acaba por ser semelhante. Enquanto a autonomia lhes permite vão tentando sobreviver perante “pequenos” auxílios familiares, isto quando existe família. Á medida que a situação se agrava e a dependência se torna maior, a sobrecarga da família aumenta e as respostas (comportáveis) escasseiam, ficando os “edificadores do nosso presente” à mercê da angústia e da interiorização de que já não são nem necessários, nem desejados.
É aqui que entram as associações que podem e devem funcionar como resposta às necessidades das pessoas e das famílias. A relação das associações com as famílias é em ultima análise a razão de ser destas associações o que nos remete para algumas perguntas:
Qual a importância do associativismo nos dias de hoje?
Que relação existe hoje entre as associações e as famílias?
Que papel ou papéis desempenha ou pode desempenhar uma associação na vida das famílias sem se tornar uma empresa prestadora de serviços, onde somente os que podem pagar, podem usufruir dessa mesma associação?
Que contrapartida pode tirar a associação na sua relação com as famílias?
Fará sentido que as associações deixem de oferecer serviços centrados na sua associação e passem a agir de forma concertada, criando projectos conjuntos para fazer face às necessidades das famílias e ao mesmo tempo aos seus próprios problemas?

Não temos respostas concretas, nem acreditamos que exista uma resposta que sirva a todas as associações, mas desafiamos-vos a estarem presentes no Fórum e reflectir conjuntamente a realidade que vivemos, as políticas que temos tanto a nível central, quanto local e aquilo que nós podemos fazer em alternância.
Apresentem propostas, partilhem preocupações, resoluções, o que de melhor tiverem… mas contribuam para o enriquecimento da vossa Freguesia.

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